Olá, eu sou a Sabrina
"Aprendi que ouvir quem tem um problema é quase mais importante que aconselhar. Enquanto a pessoa vai falando ela mesma vai se esclarecendo."
Clarice Lispector.
Sou psicóloga formada pela Universidade Pontifícia do Paraná (PUCPR), especialista em Psicologia Analítica, teoria e prática, pela mesma universidade. Atuo na área da psicologia clínica e desenvolvo estudos sobre a abordagem junguiana e também psicologia feminina. Realizo atendimentos clínicos online e também no consultório presencial, em minha cidade, Curitiba (PR). Além dos atendimentos clínicos eu desenvolvo projetos com grupos de estudos e imersões criativas.
Escrevo uma newsletter onde envio textos toda segunda feira para minhas leitoras e além disso gosto muito de pintura, fotografia e artes em geral.

Relatos de uma terapeuta:
O ano era 2019. A partir da minha escuta clínica senti a necessidade de colocar no mundo o que eu ouvia diariamente no consultório e então surgiu o "Relatos de uma terapeuta". Na escrita, eu busco traduzir as paisagens secretas que eu escuto dos vales da alma. Você pode acompanhar meus textos pela minha página no substack:
O feminino como ponto de partida
Quando eu comecei a atender no consultório muitas mulheres começaram a me procurar. Ao longo da minha experiência nos atendimentos com elas fui percebendo que os temas trazidos em sessão giravam em torno de doenças como transtornos alimentares, busca por se adequar à padrões de beleza cruéis, depressão, repressão sexual, transtorno de ansiedade generalizada diante da dupla (trabalho fora de casa e doméstico), relacionamentos tóxicos com homens agressivos física e psicologicamente. Compreendi em meus estudos que essas dores estavam relacionadas ao feminino reprimido em nossa sociedade patriarcal. O feminino é a autopercepção de si mesma e respeito aos seus estados físicos e emocionais, não transgredindo os próprios limites. Feminino é aquele que gesta e cria a vida, com sua capacidade intuitiva o feminino nos indica os caminhos.
A partir do momento em que a mulher age consigo mesma apenas de forma racional, tentando adaptar seu corpo e sua mente ao modelo masculino, que é linear e concreto, ela perde a sua capacidade criativa, sensível e intuitiva que traz caminhos para uma vida autêntica, e assim seu corpo e sua alma adoecem. O desafio da mulher contemporânea é autocriação de seu feminino, e para que isso aconteça é necessário que a mulher se desidentifique com as posições tradicionais impostas à ela em sociedade, buscando uma vida criativa que vá de encontro às suas necessidades individuais, resgatando o feminino reprimido.
A arte como linguagem da alma
Para viver precisamos ser artistas. Precisamos aprender a criar um estilo de vida que se adeque a nossa personalidade interior, e para isso precisamos emergir para dentro de nós, a arte pode ser uma fiel aliada nesse processo. A psicoterapia nesse sentido se equipara à um processo artístico, onde unimos materiais e fazemos com ele o melhor que podemos. Nossa história de vida e nossa personalidade são nossos materiais mais preciosos. A arte sempre me acompanhou e eu estimulo minhas pacientes à emergir em seus processos artísticos na vida, seja através de escrita criativa, pintura, dança, fotografia, artesanatos (...). Dentre tantas artes que podemos fazer, o importante é ter um momento de concentração interior, pois na medida em que colocamos em uma arte o que sentimos podemos conhecer um pouco mais do se passa em nosso mundo interior. A alma fala através de linguagens diferentes, e a arte é uma delas.
A escolha pela abordagem Junguiana
Na psicologia junguiana eu encontrei a possibilidade de integrar aspectos da minha própria personalidade que antes estavam fragmentados. Carl Gustav Jung propõe uma psicologia profunda, onde, a partir do autoconhecimento podemos nos tornar que já somos internamente, ou seja, tornar nosso potencial uma realidade externa, também.